quarta-feira, 11 de março de 2009

Justiça x mídia

Mais uma vez a questão da mídia entra em minha agenda de discussões e abordagens no blog.
Só que dessa vez é em relação ao caso Sean.
A bomba estourou esse mês, no Brasil, mas o caso é meio antigo e já abordado há bastante tempo lá, nos Estados Unidos. Por quê? Seria porque somos muito atrasados?
Nunca!
Existe algo chamado internet e meios de comunicação velozes o suficiente pra acompanhar tudinho em tempo real, e ninguém é burro pra discordar disso. É fato. Ponto.

O que aconteceu, na verdade, é que a justiça brasileira (a tal da justiça brasileira) tinha impedido a imprensa (também brasileira) de fazer qualquer tipo de citação ou referência ao caso do menino. Enquanto isso, nos EUA, o pai biológico era apoiado massificamente pela imprensa e pela população que aclamava (e aclama) justiça, através da criação de sites e doações. Pessoas vestidas em camisetas com a foto estampada do garoto...
A proibição da justiça brasileira ainda existe (embora eu prefira chamar isso de censura prévia), mas a imprensa não conseguiu segurar a onda e "deu com a língua nos dentes". A revista Época foi mais ousada e publicou na capa, a foto do menino (até então exibida com o rosto desfocado).
Veja foto abaixo

Não me importaria se fosse só uma briga de família, mas já é um caso de diplomacia entre o País governado por Lula e o governado por Obama. E isso a mim interessa muito!
Afinal...merecíamos ficar alheios a esse tipo de acontecimento?
A imprensa brasileira acertou em "soltar o verbo"?
A justiça brasileira deveria censurar (mesmo não podendo, constitucionalmente)?

Bom, o meu questionamento não é em relação a quem deve ficar com Sean, mas sim sobre a questão da imprensa. Fui muito parcial, mas foi de propósito!
Aff...
Até mais.





4 comentários:

  1. Muito bom tema, Sayonara!
    Não acompanhei o caso, mas presumo que existam 2 aspectos distintos: da liberdade de imprensa e do sigilo de justiça (que pode ser legal e ético em casos concretos).

    Quero crer que a decisão da justiça brasileira tenha sido tomada em bases legais, provavelmente o Estatuto da Criança e do Adolescente, o que nos colocaria, na verdade, em termos éticos e civilizatórios, à frente do ocorrido nos EUA.

    Mas, em geral, concordo com as conclusões implícitas na sua postagem; acho melhor ampla liberdade de imprensa que depender da interpretação de um juiz qualquer acerca do que se deve ou não noticiar.

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  2. rm...ki bom ter comentado!
    Mas quanto ao sigilo de justiça, concordo. O que não concordo é a imprensa brasileira ser vetada de falar sobre isso e a imprensa americana ter total liberdade de abordar o que quiser, quando quiser, como quiser!
    Se for pra ter cuidado com a identidade da criança...que essa identidade seja preservada em qualquer parte do mundo.
    E se for assim também, preservemos tooooooodas as crianças que são alvos de notícias diariamente na mídia.

    Obrigada pela visita, viu?!
    Apareça sempre!

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  3. gostei do seu blog... isso prova que tem gente pensando em muitos recantos do país e que ainda podem brotar por aí jornalistas com consciência e bom texto...apareça sempre lá na minha casa roxona... gracias por sua atenção
    bjs

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